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As promessas não cumpridas de lidar com o aquecimento global

Atualizado: 1 de set. de 2022

Quase 200 países se comprometeram a reduzir as emissões dos gases de efeito estufa para evitar as piores conseqüências da crise climática, mas ainda há uma enorme lacuna entre o que foi prometido e o que os cientistas dizem ser necessário.

A foto mostra uma usina termoelétrica, com as chaminés soltando fumaça.
O vapor sobe de uma usina termoelétrica a carvão em Adamsville, Alabama. Foto: Andrew Caballero-Reynolds. AFP/Getty Images.

Com apenas cinco dias para o encontro dos líderes nas negociações climáticas da COP26 em Glasgow, Escócia, dezenas de países ainda não cumpriram com suas promessas de reduzir as emissões, como deveriam fazer de acordo com as regras do Acordo de Paris de 2015.


Dos países do G20, que respondem por 80% das emissões mundiais, apenas seis nações aumentaram formalmente suas metas. O relatório também descobriu que seis nações do G20, incluindo os Estados Unidos, nunca alcançaram suas metas anteriores. Os demais foram Canadá, Austrália, Brasil, Coréia do Sul e México.


O planeta já aqueceu 1,2 graus, dizem os cientistas. O mais recente conjunto de promessas climáticas globais, de acordo com o relatório divulgado na terça-feira, está muito aquém do que é necessário para limitar o aquecimento a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais - um limiar crítico que os cientistas dizem que o mundo deveria permanecer abaixo.


O relatório constatou que as novas promessas de emissões reduzirão apenas 7,5% a mais até 2030, mas um corte de 55% é necessário para cumprir a meta de conter o aquecimento de 1,5 graus.


Seguindo as metas atuais dos países, o mundo continuará a aquecer até 2,7 graus, de acordo com o UNEP (UN Environment Programme).

"Os países aumentaram as metas, mas não o suficiente", disse Inger Andersen, diretor executivo do UNEP, à CNN. "Muitos deles meio que empurram o problema com a barriga. Não precisamos mais ver promessas, precisamos ver a ação real."

O relatório anual "lacuna de emissões" descreve a diferença entre o que os países se comprometeram e o que precisa ser feito. Para limitar o aquecimento a 1,5 grau, o UNEP relata que o mundo precisa reduzir as emissões atuais pela metade nos próximos oito anos.


"Não estamos nem perto de onde deveríamos estar", disse Andersen. "Queremos ser otimistas e dizer que a janela ainda está aberta, ainda podemos fazer isso - mas está fechando muito rápido. A realidade é que devemos fazer isso acontecer nesta década."

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Créditos à reportagem original da CNN, que serviu como base para esta matéria: https://edition.cnn.com/2021/10/26/world/un-greenhouse-gas-emissions-gap-report-climate/index.html


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