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Editorial: Onde você estava no dia 11 de Setembro de 2001?

Atualizado: 23 de abr. de 2023

Há exatos 21 anos ocorreu um atentado que marcou profundamente as Relações Internacionais, o ataque terrorista conhecido como "11 de Setembro".

Foto do atentado, com destaque no avião vindo em direção à segunda torre.

Depoimentos dos colunistas do Zero Águia


Fabiana: "Eu lembro que eu ouvi a notícia no dia e não consegui compreender o que aconteceu, muito menos a tremenda repercussão e as consequências. Mas eu comentei com a minha irmã no dia e ela falou sobre o ataque as Torres Gêmeas e aquilo ecoou na minha cabeça... um dia eu entenderia".
Johao (Costa Rica): "Me lembro que tinha 11 anos e estava começando as aulas nesse dia. Os professores nos levaram para a biblioteca e minha professora falou com convicção "eles têm que assistir o que está acontecendo, é um evento histórico". Depois disso, ela ligou a TV e nós começamos a assistir ao jornal na TV. Nesse momento, o primeiro avião tinha atingido uma das Torres Gêmeas, mas nós não entendemos muito bem o que estava acontecendo, me lembro que depois o segundo avião atingiu a segunda torre. Nesse momento sentimos muito medo. As aulas terminaram e nos enviaram para a casa. Lembro que era um dia muito quente, que quase não haviam carros nas ruas nesse dia e eram quase 12h, quase toda a população tinha ido para casa. Lembro que em meu bairro todas as crianças estavam sentadas conversando e a mãe de um de meus amigos aproximou-se e nos falou que o assunto era bem sério e não tratava-se de um filme, e que era real. Para falar com sinceridade, não sei se senti medo o não, mas lembro que meus amigos e eu ficamos com muitas dúvidas e muito confusos, porque as pessoas mais velhas tinham falado coisas um pouco assustadoras, eles falaram que todos os países poderiam ser atacados também, porque se atacaram o país mais poderoso nada os poderia deter em atacar um pais menor."
Gustavo: "Eu estava no colégio técnico e voltei pra casa para almoçar. Enquanto estava preparando o almoço, liguei a TV e olhei de relance um avião batendo no prédio, pensei comigo 'filme a essa hora?', depois percebi que era o jornal mesmo e demorei para compreender que era algo real e a magnitude da situação."
Camila: "Lembro que naquele dia saí mais cedo da escola porque algum professor tinha faltado. Cheguei em casa no momento que o segundo avião atingiu a segunda torre. Pensei que estava passando algum filme, tipo Independence Day, mas quando mudei de canal percebi que era real."
Carol: "Eu lembro de chegar em casa depois da escola e ver a notícia. Fiquei morrendo de medo porque me disseram que, se o Brasil apoiasse os EUA e entrasse na guerra, todos os reservistas seriam convocados. Temi muito pelos meus amigos.
João Guilherme: "Estava em aula e um amigo mais velho, que já tinha celular, recebeu a notícia provavelmente por SMS ou algo do gênero. A aula virou uma bagunça, mesmo com a pouca informação que chegava. "Um avião tinha batido num prédio em Nova Iorque". Voltei para casa no horário normal então não vi ao vivo nenhum dos aviões colidindo, apenas os replays das imagens."
Felipe: "Eu estava saindo da escola quando passei em frente a um bar, onde estava sendo transmitido ao vivo o ataque à primeira torre no plantão da Globo. Em alguns minutos aconteceu o atentado a segunda torre. Eu fiquei acompanhando aquilo da rua e achando que era filme no lugar no desenho. Só quando cheguei em casa que entendi o que estava acontecendo."
Katiane: "Nessa época estudava de tarde e estava fazendo meu dever de casa quando anunciaram o primeiro atentado na TV. Como eu era pequena na época não entendi nada do que estava acontecendo, mas ouvia os jornalistas repetindo que havia o risco da Casa Branca ser atacada e que havia uma grande tensão no ar. Anos depois descobri a magnitude daquele dia e o quanto ele determinou as peças no tabuleiro internacional."

Psicólogos explicam o que é o "estado de choque" causado por contato com situações muito estressantes, tais como um atentado terrorista:


A reação aguda ao estresse, também chamada de choque psíquico, estado de crise, fadiga de combate, ou ainda, popularmente conhecido como “estado de choque”, trata-se de uma resposta não adaptativa a um acontecimento particularmente estressante ou uma alteração particularmente marcante.


Os sintomas são variados e comportam, a princípio, um estado de aturdimento, caracterizado por um relativo estreitamento de campo da consciência e problemas para manter a atenção ou de integrar estímulos, além de uma desorientação. Por conseguinte, pode haver um distanciamento do ambiente ou uma agitação com hiperatividade (reação de fuga).


Muitas pessoas estavam seguindo suas vidas normalmente quando se depararam com a notícia de que um atentado estava em andamento nos Estados Unidos, um país que nunca tinha tido seu território atacado. Essa situação gerou uma "onda de medo" que repercutiu durante muitos anos, gerando consequências que são vistas até hoje nas Relações Internacionais.


Texto escrito pela equipe Zero Águia, portal de notícias e análises sobre Política e Relações Internacionais.

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