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ODS Objetivo 03 – Saúde e Bem-estar

Atualizado: 5 de out. de 2022

O sucesso da aplicação dos protocolos de produção e distribuição da vacina da COVID-19


Se analisarmos os protocolos do projeto inicial da ODM e ODS sendo executados na pandemia de COVID-19, podemos dizer que houve um grande sucesso. Pensar que do momento em que mundo considera que a COVID é uma pandemia, até a criação das vacinas e as mesmas começarem a ser aplicadas nos braços dos seres humanos, tudo durou menos de um ano. Isso demonstra que esses objetivos são possíveis, sendo que nesse cenário o que mais dificultou para que os protocolos estabelecidos a mais de duas décadas fossem cumpridos de forma eficaz foi a falta de compromisso e as atitudes de alguns líderes mundiais.


Constatando os pontos mais cruciais desses projetos que foram executados nesse período podemos apontar os objetivos abaixo:

  • Deter e diminuir a incidência da malária e outras doenças;

  • Desenvolver a fundo um sistema financeiro e comercial que seja aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório;

  • Em parceria com a indústria farmacêutica, prover acesso a medicamentos essenciais nos países em desenvolvimento;

  • Em parceria com o setor privado, tornar disponível os benefícios das novas tecnologias, em especial tecnologias de informação e comunicação;

  • Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos;

  • Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, que afetam principalmente os países em desenvolvimento, proporcionar o acesso a medicamentos e vacinas essenciais;

  • Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento, desenvolvimento e formação, e retenção do pessoal de saúde nos países em desenvolvimento, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento;

  • Reforçar a capacidade de todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, para o alerta precoce, redução de riscos e gerenciamento de riscos nacionais e globais de saúde.

Então para aqueles que insistem em desacreditar a qualidade das vacinas por terem sido produzidas e distribuídas em menos de um ano de quando a COVID-19 se espalhava em escala global, saibam que esses protocolos e protótipos de vacinas e medicamentos estavam sendo estudados e produzidos há pelos menos duas décadas. E o resultado disso são as vacinas produzidas contra o Coronavírus com diferentes técnicas:


  1. Vacinas produzidas com vírus inativos, que foram desenvolvidas a cerca de 70 anos, metodologia utilizada pelo o Instituto Butantã;

  2. Vacinas com RNA mensageiro, uma tecnologia mais moderna, entretanto, os estudos sobre RNA datam desde 1970 e já buscavam a possibilidade de utilizar o RNA em vacinas. Em 2005, ocorreram grandes descobertas que possibilitaram a criação das vacinas da Pfizer/BioNtech;

  3. Vacinas de vetor viral, já utilizadas no Brasil desde 1983 nas vacinas de Hepatite B. Essa metodologia foi utilizada nas vacinas produzidas no Brasil pelo Instituto Biocruz e a Janssen da Jhonsons & Jhonsons;

  4. E temos a produção de vacinas pelo método proteicas subunitarias que foi produzida pela Farmacêutica Americana Novavax, as quais não foram aplicadas no Brasil, porém podemos ver essa metodologia sendo utilizada nas vacinas Hepatite B e HPV que já estão inclusas na lista de vacinas obrigatórias nacional a pelos menos três décadas.



Então para que fosse garantida essa troca de informação dos estudos, além da produção e distribuição dessas vacinas, foram acionados os protocolos que vêm sendo adotados, estudados e atualizados há pelo menos vinte anos caso ocorresse uma pandemia dessa proporção. Lembrando que, em tempos “normais” os financiamentos e investimentos para essa área são colocados sempre em segundo planos. Um exemplo disso é que antes de João Doria se tornar o “garoto propaganda” da CORONAVAC e o defensor ferrenho do Instituto Butantã, foi um dos prefeitos que mais criticava e cortava verba tanto do Butantã quanto das bolsas de ciências da USP, onde o plano do PSDB era sucatear e privatizar essas instituições que demonstraram grande valor durante a pandemia.

Durante muitos anos o Brasil foi case de sucesso no Know-how de erradicação de doenças e vacinação em grande escala. E mesmo lutando contra a maré da má administração vindo do executivo, conseguimos, através principalmente dos seus servidores técnicos concursados, realizar de forma efetiva a vacinação em um país de proporções continentais. Por isso lembre-se que todo investimento que é feito em pesquisas e nos objetivos 03 da ODS sempre é feito para mitigar condições como a que passamos com a pandemia de COVID-19.


Analisando como um todo as propostas idealizadas no começo do novo milênio e colocadas em práticas durante a pandemia, observamos que foi possível começar a vacinação nos indivíduos em menos de um ano, enfrentando o descaso de muitos líderes políticos, portanto pode-se dizer que o objetivo 03 da ODS foi completado com grande sucesso, inclusive com análises dos processos empíricos do que funciona e o que não funciona para um projeto executivo futuro.


Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades

3.1 Até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos; 3.2 Até 2030, acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de 5 anos, com todos os países objetivando reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos; 3.3 Até 2030, acabar com as epidemias de AIDS, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a hepatite, doenças transmitidas pela água, e outras doenças transmissíveis; 3.4 Até 2030, reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar; 3.5 Reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool; 3.6 Até 2020, reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes em estradas; 3.7 Até 2030, assegurar o acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento familiar, informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais; 3.8 Atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais seguros, eficazes, de qualidade e a preços acessíveis para todos; 3.9 Até 2030, reduzir substancialmente o número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar e água do solo; 3.a Fortalecer a implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco em todos os países, conforme apropriado; 3.b Apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos para as doenças transmissíveis e não transmissíveis, que afetam principalmente os países em desenvolvimento, proporcionar o acesso a medicamentos e vacinas essenciais a preços acessíveis, de acordo com a Declaração de Doha, que afirma o direito dos países em desenvolvimento de utilizarem plenamente as disposições do acordo TRIPS sobre flexibilidades para proteger a saúde pública e, em particular, proporcionar o acesso a medicamentos para todos; 3.c Aumentar substancialmente o financiamento da saúde e o recrutamento, desenvolvimento e formação, e retenção do pessoal de saúde nos países em desenvolvimento, especialmente nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento; 3.d Reforçar a capacidade de todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, para o alerta precoce, redução de riscos e gerenciamento de riscos nacionais e globais de saúde.



Texto escrito por Camila Bellato

​Formada em Relações Internacionais com Pós Graduação em Gestão Econômica. Especialista em Direitos Humanos e grande entusiasta das politicas públicas baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU).

 

Fontes




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